Precioso e semiprecioso são duas palavras conhecidas de nosso vocabulário, sendo que a primeira é verdadeira e a segunda falsa.
Precioso é um adjetivo qualificativo, logo o seu oposto deveria ser não-precioso. A mesma coisa podemos dizer da palavra honesto (e tantos outros adjetivos), não permite a existência de semi-honesto. Hans Stern, o fundador da H.Stern, costumava dizer não existem pedras semipreciosas, assim como não existem mulheres semigrávidas. “Ou é ou não é”, dizia.
No caso das pedras preciosas, a palavra semipreciosa surgiu no início do século passado, provavelmente oriundo de grandes joalheiros do hemisfério norte que costumavam trabalhar com apenas quatro famosas pedras:
diamante, safira, rubi e esmeralda. Eles pouco conheciam as pedras vindas do Brasil e rapidamente as classificaram de semipreciosas.
O motivo principal talvez fosse pela fragilidade em relação às quatro pedras acima citadas, mas isto também é uma inverdade, uma vez que uma água marinha tem a mesma dureza da esmeralda e ambas fazem parte da família dos berilos.
Precioso, no caso das gemas, é uma soma de atributos muito bem definido e a França foi o primeiro país a reconhecer isto. Desde 14/02/2002 uma lei proíbe o uso da palavra semipreciosa em qualquer documento escrito sobre gemas naturais.
Só um parênteses: A Lei francesa, define o que é pedra preciosa: Toda aquela com grau de dureza maior do que o vidro, ou seja, acima de 6 na escla Mohs (sim, as pedras brasileiras estão acima de 6); Toda aquela que tem aspecto agradável, em ternos de cor, brilho e cintilação. E, por fim, toda aquela que é incomum, mas não tão rara a ponto de ser impossível de se encontrar.
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